Folha de S. Paulo


Cuba recebe 36% mais turistas americanos desde reaproximação

Mais gente escolheu ir para Cuba desde o anúncio, em dezembro, da reaproximação histórica entre os Estados Unidos e a ilha comunista.

Segundo dados fornecidos à Associated Press por um professor da Universidade de Havana, cresceu em 36% o número de turistas americanos que viajam diretamente para Cuba ou que fazem escalas em outros países da região a fim de burlar as restrições de viagem impostas pelas autoridades dos EUA.

Entre 1º de janeiro e 9 de maio deste ano, 51.458 americanos viajaram para Cuba, um crescimento significativo em relação aos 37.459 que visitaram a ilha no mesmo período do ano passado.

Yamil Lage - 6.abr.2015/AFP
Turistas americanos posam para foto diante do capitólio, em Havana
Turistas americanos posam para foto diante do capitólio, em Havana

Os dados apontam ainda que cresceu em 14% para 1,55 milhão o número de turistas do mundo inteiro que viajaram para Cuba no mesmo período.

David Perez, um especialista em relações públicas de Nova York, visitou Cuba em maio fazendo escala em Cancún. "Eu sempre quis ir para cuba e decidi que este era o momento certo".

Editoria de Arte/Folhapress

Recentemente, o ministro do Turismo de Cuba, Manuel Marrero, disso que a ilha aceitaria o aumento do turismo.

Segundo as autoridades americanas, viajar para Cuba para fazer turismo continua proibido, ainda que a administração do presidente Barack Obama tenha flexibilizado as restrições de viagem.

No entanto, as regras parecem não ter impacto real sobre a decisão de turistas em escolher Cuba como destino. Segundo o advogado Robert Muse, especialista em viagens para Cuba, "não tem havido aplicação ativa" do veto ao turismo à ilha.

"[O aumento do turismo] é o que a administração obama quer () Eles buscam uma maior aproximação. É por isso que têm essa atitude liberal em relação às viagens", disse.

Segundo Muse, muitas pessoas estão corredo para ver Cuba "antes que o país mude" por pensarem que no futuro "haverá Burger Kings em todas as esquinas". "Isso não vai acontecer, mas as pessoas ainda querem ver o fim da Cuba revolucionária."


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