Folha de S. Paulo


EUA negam morte de civis sírios em ataque aéreo na Síria

O Exército americano negou neste domingo (3) um informe segundo o qual ataques aéreos comandados pelos EUA teriam matado pelo menos 52 civis no norte da Síria no início da semana e afirmou que os mortos eram, na verdade, combatentes.

O diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman, dissera à AFP que sete crianças estariam entre os mortos nos ataques da coalizão comandada pelos EUA, lançados na madrugada de quinta para sexta-feira na cidade de Birmahle, na província de Aleppo.

Ele tinha alertado que o número de vítimas poderia subir, uma vez que socorristas lutavam para salvar 13 pessoas que estariam presas sob os escombros de construções atingidas.

"O Comando Central americano pode confirmar que as forças da coalizão conduziram ataques aéreos nas vizinhanças de Birmahle, Síria, em 30 de abril, destruindo várias posições de combate do Estado Islâmico e atingindo mais de 50 combatentes do EI", afirmou o porta-voz do comando, major Curt Kellogg, em um comunicado.

"Não temos nenhum indício de que civis tenham morrido nesses ataques", concluiu.

Milicianos curdos e rebeldes sírios lutavam contra combatentes do EI em uma cidade distante cerca de 2 km de Birmahle no momento dos ataques.

"Antes dos bombardeios, forças curdas, que controlavam a cidade antes de deixá-la, após serem atacados pelo EI, reportaram que não havia civis naquela localização e que não tinha havido nenhum civil nas duas semanas que antecederam os ataques aéreos da coalizão", disse Kellogg.

O porta-voz alegou que são tomados cuidados para reduzir os riscos de danos colaterais e mortes de civis durante as operações aéreas.

Os ataques aéreos da coalizão internacional têm apoiado as milícias curdas que combatem o Estado Islâmico na província de Aleppo, sobretudo na fronteira com Kobane, que fica perto de Birmahle.

Apoiados pelos bombardeios, os combatentes curdos conseguiram expulsar os extremistas de Kobane em janeiro.


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