Folha de S. Paulo


Líder da extrema direita francesa não quer que pai fale em nome do partido

A presidente do partido de extrema direita francês Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, disse neste domingo (3) que não quer que seu pai fale mais em nome da FN, fundada por ele, um dia antes de possivelmente Jean-Marie Le Pen ser punido por seus comentários recentes sobre a Segunda Guerra Mundial.

Ele deverá enfrentar uma audiência disciplinar nesta segunda-feira (4) em seu partido por ter repetido sua visão de que câmaras de gás nazistas eram um mero "detalhe" da guerra e por ter defendido Philippe Pétain, líder do governo francês que colaborou com a Alemanha nazista.

Boris Horvat/France Presse
A presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, ao lado do pai e fundador da legenda, Jean-Marie Le Pen, em imagem de 2012
Marine Le Pen, da FN, ao lado do pai e fundador da legenda, Jean-Marie Le Pen, em 2012

Quando questionada sobre qual punição deveria ser dada a uma pessoa de 86 anos, sua filha disse à imprensa francesa que a decisão é do escritório executivo da legenda.

Ela também acusou o pai de agir com malícia contra ela e contra o seu partido.

"Eu tenho a sensação de que ele não pode suportar o fato de que a Frente Nacional continua a existir sem ele no comando", disse Marine Le Pen a jornalistas. "Eu lamento isso".


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