O sargento americano Bowe Bergdahl, que desapareceu no Afeganistão, foi capturado pelo grupo radical islâmico Taleban e libertado em maio do ano passado, será julgado por deserção, segundo informaram nesta quarta-feira (25) fontes ligadas às Forças Armadas dos EUA.
Bergdahl sumiu em 30 de junho de 2009. Quase cinco anos depois, o sargento foi solto numa troca com cinco integrantes do Taleban que estavam presos na base dos EUA na baía de Guantánamo (Cuba).
A libertação provocou protestos de republicanos e democratas, segundo os quais o presidente Barack Obama deveria ter alertado o Congresso antes da troca de prisioneiros, o que não aconteceu.
Na mesma época da soltura, integrantes do pelotão de Bergdahl no Afeganistão o acusaram de ter desertado.
Não está claro, ainda, se Bergdahl será submetido ao julgamento de uma corte marcial, que pode levá-lo à prisão. "Ser acusado de deserção não significa que ele irá à corte marcial –há muitas outras etapas no processo", disse ao jornal "The New York Times" uma fonte do Pentágono.
Outra possibilidade é que o sargento receba uma "dispensa honrosa" caso seja considerado culpado –o que pode, segundo especialistas, prejudicar suas perspectivas de obter emprego.
Desde o ano passado, Bergdahl trabalha em funções administrativas numa base militar do Texas (EUA).