Folha de S. Paulo


Estado Islâmico reivindica ataque a museu da Tunísia

O Estado Islâmico (EI) reivindicou responsabilidade pelo ataque contra o Museu do Bardo, que deixou mais de 20 mortos, em sua maioria turistas.

A declaração desta quinta-feira (19) descreveu o ataque como uma "invasão abençoada em um dos antros de infiéis e do vício na Tunísia muçulmana". O comunicado foi postado em um fórum que traz mensagens da milícia.

O Grupo de Inteligência SITE, com base nos EUA, também anunciou que o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo atentado de quarta-feira (18).

A milícia também elogiou os atiradores, afirmando que foram "cavalheiros do Estado Islâmico" que estavam armados com metralhadoras e bombas.

Segundo o comunicado, havia dois atiradores e eles só foram mortos depois de ficarem sem munição.

A facção também prometeu novos ataques. "Aguarde as boas novas do que vai feri-los, impuros, porque o que vocês viram hoje é a primeira gota de chuva", disse a declaração.

O Estado Islâmico, que está baseado na Síria e no Iraque, tem um braço na vizinha Líbia, para onde muitos tunisianos foram lutar e treinar com grupos extremistas.

No início desta semana, um importante comandante de campo do EI foi morto combatendo dentro da Líbia.

Enquanto isso, o governo tunisiano anunciou a prisão de nove suspeitos —quatro que teriam relação direta com o ataque e cinco outros que lhes deram apoio no país, disseram autoridades.

O ataque no museu, que abriga artefatos romanos em Túnis, foi o pior em um lugar turístico na Tunísia em anos. As mortes de tantos turistas fizeram uma importante linha de cruzeiros italianos anunciar nesta quinta-feira que estava cancelando todas as paradas na Tunísia indefinidamente.


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