Folha de S. Paulo


Nos EUA, chanceler brasileiro discute agenda de possível visita de Dilma

Após se reunir com a conselheira de Segurança dos EUA, Susan Rice, em Washington nesta quarta-feira (19), o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que os dois discutiram a agenda, mas não a data, de uma possível visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA no segundo semestre.

"O importante é centrar a discussão numa agenda substantiva e não em datas. Quando chegarmos a uma agenda que seja substantiva, representativa e importante para as relações bilaterais, aí entraremos nas datas. Mas isso será em breve", disse Vieira a jornalistas.

Ele destacou ainda que o convite do presidente Barack Obama segue "vigente e firme", e que a presidente já disse que irá a Washington.

Dilma cancelou, em setembro de 2013, uma visita aos EUA, marcada para aquele ano, devido às denúncias de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA), que tinham a presidente como um dos alvos.

Ao ser questionado se os dois conversaram sobre a questão da espionagem americana, Vieira não negou e disse que "todos os assuntos estão sempre na mesa".

Segundo Vieira, ele e Rice também falaram sobre a sétima edição da Cúpula das Américas, que será realizada em abril no Panamá, e reunirá, pela primeira vez, EUA e Cuba. "É um momento importante da reunião de todo o continente, uma coisa que não acontece há décadas", disse o brasileiro.

Na Casa Branca, o chanceler se reuniu ainda com Caroline Atkinson, assessora de Barack Obama para assuntos de economia internacional. No encontro, segundo o ministro, foram debatidos questões de comércio e de investimento e temas bilaterais, como a coordenação de posições dos dois países para a próxima reunião do G-20, na Turquia, e para a Cúpula do Clima, em Paris –ambas em novembro.

Vieira ressaltou ainda que Atkinson e a secretária de Comércio dos EUA, Penny Pritzker, participarão, no Brasil, em junho, da reunião do Fórum de Altos Executivos dos dois países.

O ministro foi a Washington para a eleição do novo secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) –que confirmou o ex-chanceler uruguaio Luis Almagro, o único candidato, para o posto.


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