Folha de S. Paulo


Justiça da Venezuela pede prisão de opositores exilados nos EUA

O juiz venezuelano Carlos Navarro, do tribunal antiterrorismo do país, pediu na quarta-feira (11) a prisão de quatro opositores ao governo do presidente Nicolás Maduro que estão exilados nos Estados Unidos.

As ordens de prisão foram exibidas pelo presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, no programa de televisão "Con el Mazo Dando", do canal estatal VTV.

Os quatro mencionados são Mario Iván Carratú Molina, chefe da Casa Militar do presidente Carlos Andrés Pérez (1989-1993), o ator e apresentador de TV Orlando Urdaneta, o ex-deputado conservador Alberto Franceschi González e Jesús María Cristancho Amezquita.

Segundo Cabello, eles foram acusados de vinculação com atividades terroristas contra o governo de Nicolás Maduro. O aliado do presidente, porém, não apresentou provas das acusações, assim como o juiz que assinou o documento.

Os opositores somam-se a outra série de dirigentes políticos contrários ao governo contra os quais foram emitidos mandados de prisão.

Os mais conhecidos são o líder do Vontade Popular, Leopoldo López, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e os ex-prefeitos Daniel Ceballos e Enzo Scarano.

Na quinta (12), Diosdado Cabello defendeu ainda a repatriação de recursos de empresários considerados inimigos do chavismo, como o dono do fundo de investimentos Cedel, Eligio Cedeño, acusado de fraude no comércio exterior e lavagem de US$ 27 milhões.

Os outros citados são o ex-presidente do Banco Federal Nelson Mezerhane, condenado em 2010 por desviar dinheiro de seus correntistas, e Guillermo Zuloaga, ex-proprietário do canal Globovisión.


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