Os presidentes da Unasul estão planejando uma reunião de cúpula na próxima semana para responder à decisão do governo dos EUA de declarar a Venezuela uma ameaça ao seu país, disse nesta terça-feira (10) o presidente do Equador, Rafael Correa.
A declaração de Washington foi acompanhada de sanções a funcionários venezuelanos ligados a instâncias policiais, militares e judiciais, que foram impedidos de entrar nos Estados Unidos.
"Nesta quinta, os chanceleres da Unasul reúnem-se em Montevidéu para preparar uma cúpula presidencial na próxima semana", Correa disse a repórteres.
"E daremos a resposta adequada a essa interferência grotesca, ilegal, sem vergonha, ultrajante, injustificada dos EUA em assuntos internos da Venezuela", afirmou ele. "Quem em sã consciência vai acreditar que a Venezuela é um perigo?", acrescentou.
O presidente equatoriano não forneceu mais detalhes sobre a reunião.
A declaração de um país como ameaça à segurança nacional por Washington é o primeiro passo no encaminhamento das sanções.
Em resposta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ao Legislativo poderes especiais para "defender a soberania" do país.
Nas últimas semanas, os chanceleres dos países da Unasul, alinhados com a Venezuela, declararam apoio ao governo de Maduro.