Folha de S. Paulo


França lança operação para prender suspeitos de pilotar drones em Paris

A polícia da França lançou uma operação nesta quarta-feira (4) para tentar monitorar e prender os pilotos de drones que voam ilegalmente no país, em especial sobrevoando pontos estratégicos do centro de Paris e instalações nucleares.

A corporação informou ter recebido pelo menos dez denúncias de voos de aparelhos não tripulados na terça (3), incluindo um no leste de Paris. Neste caso, os três suspeitos de pilotá-lo chegaram a ser perseguidos pela polícia, mas conseguiram fugir.

Na terça, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que foram detectados 60 sobrevoos de drones em Paris e em usinas nucleares desde 5 de outubro e que pretende equipar a polícia para dar fim a atividade dos aviões não tripulados.

Pela legislação francesa, é proibido o uso de drones sobre locais povoados e de qualquer aparelho voador sobre Paris sem permissão das autoridades locais.

No caso das instalações militares e das usinas nucleares, a proibição vale para aparelhos que estejam abaixo de mil metros de altitude.

Na semana passada, as autoridades francesas abriram uma investigação após a aparição de cinco drones no dia 23 e outros cinco no dia 25, sobrevoando pontos turísticos de Paris e a embaixada dos Estados Unidos na cidade.

Em 20 de janeiro, um drone sobrevoou o palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa. Nove dias depois, outros aparelhos foram detectados perto do porto de Brest, no sudoeste francês, que abriga os quatro submarinos nucleares da Marinha, um dos locais mais protegidos do país.

A região central de Paris está com a segurança reforçada desde os atentados contra a redação do "Charlie Hebdo" e um mercado kosher da capital francesa, que deixaram 17 mortos em janeiro.


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