Folha de S. Paulo


Devido a bloqueio, supostos aliados do EI dizem que vão atacar Twitter

Internautas que se dizem aliados do Estado Islâmico ameaçaram no domingo (1º) matar funcionários do microblog Twitter devido ao bloqueio feito pela empresa às publicações dos feitos da milícia radical.

A mensagem em árabe foi direcionada ao fundador da rede social, Jack Dorsey, e compartilhada por militantes virtuais da facção. "Sua guerra virtual contra nós provocará uma guerra real contra você", diz o texto, de autoria desconhecida.

Reprodução/justpaste.it
Banner da mensagem dos supostos militantes do Estado Islâmico, com um alvo em Jack Dorsey
Banner da mensagem dos supostos militantes do Estado Islâmico, com um alvo em Jack Dorsey

"Vocês começaram essa guerra fracassada. Nós lhes dissemos desde o início que esta guerra não é sua, mas vocês não nos ouviram e continuaram a fechar nossas contas no Twitter, mas nós sempre voltamos. Porém, quando nossos leões vierem e tirarem sua respiração, vocês nunca mais voltarão a viver".

A postagem é acompanhada por uma imagem de Dorsey com o alvo similar ao usado em armas. Os militantes ainda pedem que aliados em diversas partes do mundo façam ataques a prédios e pessoas ligadas ao microblog.

"À 'jihad individual' de todo o mundo: ataquem a companhia Twitter e seus interesses em qualquer lugar, pessoas e prédios, e não permita que nenhum destes ateus sobreviva".

Assim como o Google, dono do site YouTube, e o Facebook, o Twitter tem fechado as contas de pessoas que difundem vídeos dos assassinatos do Estado Islâmico.

Pelas regras do microblog, é proibido incitar a violência e ameaçar usuários, assim como a apologia a atividades ilegais. A rede social também é usada pelos extremistas para difundir textos de apoio à milícia e recrutar novos militantes.

No mês passado, a facção usou o Twitter sugerindo que seus seguidores atacassem policiais e militares nos Estados Unidos, no Reino Unido e na França.


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