Milhares de seguidores do presidente venezuelano Nicolás Maduro se reuniram na manhã deste sábado (28) em três pontos de Caracas para, depois, seguir, no início da tarde, em passeata até o palácio presidencial de Miraflores, localizado no centro da cidade.
A chamada marcha "anti-imperialista e contra o golpismo" foi organizada depois que Maduro denunciou uma nova tentativa político-militar para sua derrubada, da qual acusa os Estados Unidos e os grupos da direita nacional e internacional.
O levante popular, que leva as pessoas às ruas de Caracas, remonta a mobilização de 26 anos atrás, que ficou conhecida como "Caracazo" —que segundo autoridades da época deixou cerca de 300 mortos em um tiroteio policial.
"Na realidade foram 5 mil falecidos" no levante, que também foi marcado por saques de "comida que se negava" à população", afirmou o vice-presidente Jorge Arreaza em um palanque improvisado na praça Venezuela, entre as regiões leste e central de Caracas.
Nas regiões de Chacaíto e La Candelaria, chavistas (vestidos com camisas vermelhas) também se concentraram para ouvir autoridades governamentais antes de sair em passeata até o palácio presidencial.
As manifestações ocorrem paralelamente a outros protestos, realizados, porém, pela oposição —em Caracas e outras localidades do país.
Tais manifestações convocam os cidadãos antigoverno a lutar por um "Acordo Nacional para a Transição" que, entre outras demandas, exigem a renuncia de Maduro, classificado por eles como golpista.