Folha de S. Paulo


França investiga sobrevoo de drones em locais estratégicos de Paris

As autoridades da França investigam a aparição de diversos drones (aviões não tripulados) que sobrevoaram pontos turísticos e prédios públicos de Paris nas últimas duas noites.

Os aparelhos foram vistos por policiais e pedestres entre 23h e 1h locais (19h e 21h em Brasília) passando pela torre Eiffel, pela praça da Concórdia, onde fica a embaixada dos Estados Unidos, pelo bairro dos Inválidos e pelas margens do rio Sena.

Gonzalo Fuentes - 24.fev.2015/Reuters
A Torre Eiffel foi um dos locais por onde passaram os misteriosos drones nas noites de segunda e terça
A Torre Eiffel foi um dos locais por onde passaram os misteriosos drones nas noites de segunda e terça

As regiões são as mesmas onde foram vistos cinco drones na segunda (23), o que levou a Justiça a abrir uma investigação na terça (24) por sobrevoo de aeronaves em região proibida. A polícia, porém, não encontrou suspeitos de pilotar os aparelhos.

Nesta quarta, o porta-voz do governo francês, Stephane Le Foll, disse que os sobrevoos serão investigados, mas descartou qualquer risco à segurança do país. "Não há nada com que se preocupar. Estamos investigando o assunto que é e deve ser levado a sério".

Ele disse ainda que este problema não é exclusividade da França, em alusão ao drone que caiu no jardim da Casa Branca, sede do governo americano, em 26 de janeiro.

A região central de Paris está com a segurança reforçada desde os atentados contra a redação do jornal satírico "Charlie Hebdo" e um mercado kosher da capital francesa, que deixaram 17 mortos em janeiro.

Nenhuma organização reivindicou até o momento a ação. Segundo investigadores, esta é a primeira vez que um número grande de drones é identificado em uma única noite, embora não tenha sido inédito o rompimento do cerco.

Em 20 de janeiro, um drone sobrevoou o palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa. Nove dias depois, outros aparelhos foram detectados perto do porto de Brest, no sudoeste francês, que abriga os quatro submarinos nucleares da Marinha, um dos locais mais protegidos do país.


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