A Justiça da Itália condenou nesta quarta-feira (11) o ex-capitão Francesco Schettino, 54, a 16 anos e um mês de prisão pelo naufrágio do transatlântico Costa Concordia.
A sentença é inferior à pena de 26 anos e três meses pedida pelos promotores. A defesa poderá recorrer da decisão e, por isso, não está certo quando Schettino será preso.
O navio de cruzeiro de 290 metros de comprimento emborcou após se aproximar da costa da ilha de Giglio, na Toscana, em janeiro de 2012, com mais de 4.200 passageiros e tripulantes. O acidente deixou 32 mortos e 64 feridos.
O tribunal de Grosseto condenou Schettino sob acusações de homicídio culposo (sem intenção de matar), de responsabilidade pelo naufrágio e de abandono da embarcação antes das operações de resgate.
Max Rossi/Reuters | ||
O capitão Francesco Schettino depõe no tribunal; ele foi condenado a 16 anos de prisão |
Schettino não estava presente quando o juiz Giovanni Puliatti leu o veredicto. Previamente, o ex-capitão afirmou à corte que estava sendo "sacrificado" para salvaguardar os interesses econômicos de seu empregador.
Entre lágrimas, ele disse que foi oferecida à imprensa "uma imagem de minha pessoa que não corresponde à realidade".
Embora tenha admitido alguma parcela de culpa pelo acidente, ele rejeitou responsabilidade pelas mortes.
Além de ser condenado à prisão, o ex-capitão ficou inabilitado de atuar como comandante de navio por cinco anos e seis meses e foi proibido de ocupar cargos públicos.
Schettino foi deixado sozinho no banco dos réus para responder pelo desastre após a Costa Cruzeiros, proprietária da embarcação, pagar multa de 1 bilhão de euros (US$ 1,13 milhão) para encerrar o caso e promotores aceitarem acordos com cinco outros funcionários.
O Costa Concordia ficou tombado por 2 anos e meio após o acidente e o seu resgate foi o mais caro da história
Editoria de Arte/Folhapress | ||