Folha de S. Paulo


Obama confirma morte de refém americana do Estado Islâmico na Síria

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta terça-feira (10) a morte da trabalhadora humanitária Kayla Mueller, 26, que era mantida refém pelo Estado Islâmico desde 2013, quando foi capturada em Aleppo, na Síria.

A Casa Branca não informou a circunstâncias da morte. Na sexta (6), a milícia radical havia informado que Mueller foi atingida por uma série de bombardeios da Força Aérea jordaniana em Raqqa, na Síria.

AFP
Foto de arquivo mostra a ativista Kayla Mueller, 26, em 2013, antes de ser sequestrada na Síria
Foto de arquivo mostra a ativista Kayla Mueller, 26, em 2013, antes de ser sequestrada na Síria

Em nota, Obama prestou condolências à família e disse estar "com o coração partido". "Não importa quanto tempo leve, os EUA encontrarão e levarão à Justiça os terroristas responsáveis pela captura e morte de Kayla."

O governo americano informou que os parentes da refém morta receberam a mensagem dos capturadores no fim de semana e informaram às autoridades.

A morte foi confirmada por agentes do serviço de inteligência americano nesta terça (10). A família preferiu prestar tributo ao trabalho humanitário exercido pela refém.

"Kayla era uma trabalhadora humanitária compassiva e devotada. Ela dedicou toda a sua vida curta para ajudar todos os que precisam de liberdade, justiça e paz", disseram os pais da ativista, Carl e Marsha Mueller.

Kayla Mueller é a quarta vítima americana e a primeira mulher ocidental que se tem notícia de ter morrido nas mãos do Estado Islâmico desde 2014.

Os outros três americanos –os jornalistas James Foley e Steven Sotloff e o trabalhador assistencial Peter Kassig – foram decapitados pela milícia.

Além deles, foram decapitados os japoneses Haruna Yukawa, 42, e Kenji Goto, 47, os britânicos David Haines, 44, e Alan Henning, 47. O piloto jordaniano Muath al-Kaseasbeh, 26, foi queimado vivo.

COALIZÃO

Os bombardeios da última sexta (6) foram os primeiros após a divulgação da morte de Kaseasbeh, na última terça (3), e faz parte da tática de vingança jordaniana pelo assassinato do soldado.

O país havia suspendido as operações desde a captura do piloto, no final de dezembro, enquanto fazia ataques sobre a cidade de Raqqa, bastião do Estado Islâmico na Síria.

Nesta terça, os Emirados Árabes Unidos fizeram sua primeira ação militar na Síria em mais de um mês. Eles haviam deixado a coalizão por preocupações com a segurança.

Editoria de Arte/Folhapress

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