Folha de S. Paulo


Depois de ameaças, movimento alemão anti-islã cancela passeata

O movimento alemão anti-islã Pegida cancelou a manifestação semanal desta segunda-feira (19) na cidade de Dresden, depois que um dos organizadores recebeu ameaças de morte do grupo Estado Islâmico.

Na página do movimento cujo acrônimo em alemão significa "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente", uma mensagem dizia "Cancelada! Queridos amigos, infelizmente temos que anular nosso décimo terceiro encontro por razões de segurança".

Robert Michael - 12 jan. 2015/AFP Photo
Simpatizantes do Pegida durante protesto que reuniu 25 mil em Dresden, na Alemanha
Simpatizantes do Pegida durante protesto que reuniu 25 mil em Dresden, na Alemanha

O que em um jargão policial é chamado "ameaça abstrata" avançou para uma ameaça de morte concreta contra um membro da equipe organizadora: os terroristas do EI exigiram seu assassinato.

O semanário alemão "Der Spiegel" afirmou na sexta-feira (16) que serviços de inteligência estrangeiros tinham interceptado a comunicação de alguns jihadistas conhecidos internacionalmente e flagrado diálogos sobre possíveis ataques nas manifestações do Pegida.

O Pegida disse ter tratado dessa ameaça com a polícia estatal e a agência de segurança interior. Decidiu cancelar a passeata de segunda-feira por não poder garantir sua segurança. Segundo o jornal "Bild", a ameaça se dirigia ao fundador do Pegida, Lutz Bachmann. A polícia de Dresden não quis comentar o assunto.

O Pegida tem se manifestado nos últimos três meses. Na segunda-feira passada (12), reuniu cerca de 25.000 pessoas, após os atentados que deixaram 17 mortos em Paris.


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