Folha de S. Paulo


EUA amenizam restrições de décadas para viagens e comércio com Cuba

O governo americano facilitará que seus cidadãos viajem para Cuba, abrindo as portas para uma nova era de relações entre vizinhos que estão afastados por mais tempo que a maioria de seus cidadãos têm de vida.

A administração Obama anunciou nesta quinta-feira (15) uma série de novas regulamentações —que entrarão em vigor a partir sexta-feira (16)– que flexibilizam restrições a viagens, negócios e transferência de remessas de dinheiro para a ilha, colocando em prática algumas das mudanças prometidas por Obama em dezembro, quando anunciou planos para retomar relações diplomáticas normais com Havana.

Sob as novas regulamentações, os americanos agora serão autorizados a viajar para Cuba por qualquer uma de dez razões específicas sem necessitar de uma licença especial do governo.

Empresas aéreas e agentes de viagem poderão oferecer serviços também sem necessidade de licença.

Turistas poderão usar cartões de crédito e gastar dinheiro quando estiverem na ilha. Será permitido levar para os EUA compras de até US$ 400, incluindo um limite de US$ 100 em álcool e tabaco.

As novas regras também facilitarão os negócios entre empresas de telecomunicação e entidades financeiras americanas e Cuba.

Americanos agora poderão enviar até US$ 2.000 à ilha a cada três meses —hoje, o total permitido é US$ 500.

"Essas mudanças terão um impacto direto no engajamento e no fortalecimento do povo cubano, promovendo mudanças positivas para os cidadãos da ilha", disse em nota Jacob J. Lew, secretário do Tesouro americano.

"Cuba tem potencial para crescer economicamente", acrescentou "e, aumentando viagens, comércio, comunicação e o desenvolvendo negócios privados conjuntamente, os EUA podem ajudar o povo cubano a trilhar seu próprio futuro".


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