Folha de S. Paulo


Diretor do 'Charlie Hebdo' estava em lista de 'procurados' da Al-Qaeda

O nome do diretor do "Charlie Hebdo", Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb constava numa lista de "procurados" pela Al-Qaeda.

Charb foi morto no atentado ao jornal nesta quarta-feira (7), em Paris.

A imagem foi divulgada na edição de março de 2013 da revista Inspire, que é usada como propaganda pelos jihadistas do grupo.

Reprodução
Suposta lista de procurados pela Al-Qaeda mostra o nome de Stéphane Charbonnier, morto nesta quarta
Suposta lista de procurados pela Al-Qaeda mostra o nome de Stéphane Charbonnier, morto nesta quarta

Junto ao nome de Charb, aparecem outros ocidentais que desagradam aos extremistas.

Os outros oito desafetos da Al Qaeda que aparecem na foto são: O pastor americano Terry Jones, que costuma queimar o Corão, o político da extrema-direita holandesa Geert Wilders, o advogado e ativista americano Morris Sadek, famoso por criticar o islã, o autor britânico de origem indiana Salman Rushdie, que se tornou famoso pelo livro "Versos Satânicos", no qual ataca o islã por sua intolerância para com outras religiões, a ativista somali Ayaan Hirsi, critica às praticas de mutilação genital feminina, praticadas por alguns grupos extremistas, os dinamarqueses Carsten Juste, Flemming Rose, Kurt Weestergart e o holandês Lars Vilks, todos envolvidos em desenhos satíricos ao islã.

Na manhã desta quarta, três atiradores invadiram a redação do jornal e dispararam contra os jornalistas.

O atentado deixou 12 mortos, entre eles dois policiais.

De acordo com fontes de segurança, os homens atacaram a sede da publicação portando metralhadoras AK-47, trocaram tiros com policiais e depois fugiram em um carro dirigido por um quarto elemento do grupo.

Eles foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e sequestraram um outro, expulsando o motorista na rua.

Rocco Contento, porta-voz de um sindicato de policiais, afirmou que houve aumento das medidas de segurança à sede do jornal por causa de ameaças recentes e que os homens entraram no local com a intenção de matar.

Segundo um jornalista do "Charlie Hebdo", citado pelo jornal francês "Le Monde", os atiradores chegaram ao local na hora da reunião da redação. "Os agressores sabiam que às 10h de quarta-feira havia uma reunião editorial semanal. No resto da semana não há muitas pessoas no local", afirmou.

O jornal já havia sofrido outros ataques por publicar caricaturas de líderes muçulmanos e do profeta Maomé.

Em 2011, a redação foi alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas do profeta do islã


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