Folha de S. Paulo


França eleva alerta de segurança e reforça proteção após ataque em Paris

A França elevou seu alerta de segurança para o nível mais alto e reforçou as medidas de proteção em casas de prece, lojas, sedes de empresas de mídia e meios de transporte após um ataque deixar 12 mortos no jornal satírico "Charlie Hebdo" em Paris. Entre os mortos estão o editor e três cartunistas.

Altas autoridades do governo realizaram uma reunião de emergência. Escolas em toda a capital francesa foram fechadas.

Mascarados, três atiradores gritando "Allahu akbar!" (Deus é maior) invadiram a sede da publicação satírica em Paris e depois escaparam em um carro que estava à espera. O ataque é o mais mortífero a acontecer em Paris em ao menos duas décadas.

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O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que as forças de segurança estão atrás dos três atiradores que atacaram a publicação, cujas caricaturas do profeta Maomé frequentemente atraíram atenção dos muçulmanos.

O presidente francês, François Hollande, afirmou que a ação "é um ataque terrorista sem dúvida", afirmando que vários outros atentados foram frustrados na França "em semanas recentes".

Nenhum grupo reivindicou responsabilidade pela ação.

Líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, repudiaram o ataque, mas os partidários da facção islâmica radical Estado Islâmico celebraram as mortes afirmando que são uma vingança merecida contra a França.

A milícia repetidamente ameaçou atacar o país.


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