Folha de S. Paulo


Transporte público argentino terá de estampar frase sobre as ilhas Malvinas

Uma nova lei na Argentina obriga todos os meios de transporte público a expor em um espaço "visível e destacado" a frase "Las Islas Malvinas son argentinas" ("As ilhas Malvinas são argentinas"). A regra vale para qualquer tipo de veículo: trens, ônibus, navios e aviões.

As estações de chegada, partida ou escala de meios de transporte também devem exibir a inscrição. A fiscalização ficará a cargo do Ministério do Interior e Transporte.

Os argentinos reivindicam as ilhas Malvinas, que ficam no sul do Atlântico e estão sob domínio do Reino Unido. Em 1982, militares argentinos invadiram as ilhas para tomá-la. Os britânicos decretaram guerra e a venceram depois de cerca de dois meses.

Em março de 2013, os moradores das ilhas, chamados de "kelpers", votaram em um referendo para dizer à qual nação queriam pertencer. A opção pelo Reino Unido teve 98% dos votos.

A Argentina não reconheceu o pleito. Na Constituição argentina, afirma-se que a recuperação do território é um objetivo permanente e irrenunciável do povo do país.

A autora do projeto que resultou na lei é a senadora Teresita Luna, da mesma coligação política da presidente Cristina Kirchner.

Como Cristina está de licença médica por uma fratura no tornozelo, a lei foi sancionada pelo vice-presidente, Amado Boudou, nesta sexta (2). O projeto foi aprovado no Congresso em novembro.

Na época, Luna publicou um texto em que dizia que "ninguém pode ignorar a importância da comunicação visual". E afirmou que essa é uma forma de reiterar entre os argentinos o sentimento de que as ilhas Malvinas pertencem a eles.

"E reforçamos ante os turistas estrangeiros a afirmação de soberania sobre as ilhas", disse Luna.

Alpino

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