Folha de S. Paulo


Príncipe Andrew é citado em caso de abuso sexual de menor

Uma mulher alegou ter sido diversas vezes forçada a fazer sexo com o príncipe Andrew, um dos filhos da rainha Elizabeth 2° e o quinto na linha de sucessão do trono inglês.

Segundo as alegações, ela teria sido forçada a manter relações sexuais com o príncipe em três localidades diferentes quando era menor de idade.

A denúncia a Andrew é parte de um documento da corte americana que visa a incluir mais duas mulheres num caso que já corre contra o banqueiro americano Jeffery Epstein.

Uma dessas garotas alegou que, entre 1999 e 2002, teria sido forçada a fazer sexo com o príncipe em Londres, em Nova York e numa ilha particular de Epstein no caribe. À época, ela teria 17 anos.

Raimundo Paccó/Folha Imagem
O príncipe Andrew, Duque de York
O príncipe Andrew, Duque de York

No caso, Epstein é acusado de ter oferecido a garota a amigos ricos e influentes. Andrew seria um deles.

Em outro caso, o banqueiro foi condenado em 2008 por tentar pagar por sexo com uma garota de 14 anos.

Apesar de seu nome figurar na lista de acusados, o príncipe não é uma parte nomeada na acusação legal, o que significa que ele ainda não teve oportunidade de se defender judicialmente.

Mesmo assim, ele já negou anteriormente ter tido relações sexuais com a mulher e disse que tampouco sabia do comportamento de Epstein.

A denunciante foi à justiça anonimamente.

O Palácio de Buckingham se negou a comentar as acusações ao jornal britânico "The Independent".

Segundo um porta-voz, o Palácio não pode comentar um processo em andamento.

"As acusações são relativas a um processo civil que corre há muito tempo nos Estados Unidos, no qual o Duque de York [título de Andrew] não é uma parte. Por isso, não comentaremos", disse.

Entretanto, para esclarecer qualquer dúvida: qualquer sugestão de atos impróprios com menores de idade é completamente falsa", completou.

A proximidade entre Andrew e Epstein já rendeu problemas ao Duque de York anteriormente.

Em 2011, o príncipe renunciou ao seu cargo de representante comercial especial do Reino Unido, após a amizade entre os dois ter provocado pressões para que ele deixasse o posto, já que Epstein havia sido condenado por crimes sexuais envolvendo menores.


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