Folha de S. Paulo


Ex-prisioneiro em Cuba, Alan Gross agradece a Obama pela libertação

O americano Alan Gross, 65, libertado nesta quarta (17) após quase cinco anos de prisão em Cuba, agradeceu ao presidente americano, Barack Obama, por proporcionar sua volta à liberdade, por meio de um acordo em que o país retomará relações com Cuba.

Em seu primeiro discurso em liberdade, na tarde desta quarta em Washington, Gross falou ao lado da sua mulher, Judy. "Isso é ótimo", disse ele ao começar sua fala.

Gross disse esperar que, com o novo acordo, os dois países amenizem suas "políticas mutuamente beligerantes". "Dois errados nunca fazem um certo."

Shawn Thew/Efe
O ex-prisioneiro Alan Gross com sua mulher, Judy Gross, durante discurso em Washington
O ex-prisioneiro Alan Gross com sua mulher, Judy Gross, durante discurso em Washington

Apesar da experiência da prisão, o americano disse que, para ele, os cubanos, "pelo menos a maior parte deles", são "gentis, generosos e talentosos".

A lição que diz ter aprendido com os anos de prisão é a de que "a liberdade não é grátis".

Com aparente bom humor —mostrando, por vezes, um sorriso com diversos dentes faltando na boca—, Gross agradeceu também o apoio de sua família, de seu advogado, Scott Gilbert, e da comunidade judaica. "Esse é o melhor Chanucá que nós comemoramos em muito tempo", comemorou, lembrando o feriado judeu.

Alan Gross foi preso em dezembro de 2009 enquanto trabalhava para estabelecer um acesso de internet em uma comunidade judaica em Cuba, contratado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, em inglês), que promove a democracia no país comunista.


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