Folha de S. Paulo


Israel diz ter frustrado planos de ataque do Hamas em Jerusalém

A agência de segurança israelense Shin Bet disse nesta quinta-feira (27) que frustrou planos do grupo islamista Hamas para conduzir ataques contra israelenses no maior estádio de futebol de Jerusalém e em outras partes da cidade e da Cisjordânia ocupada.

Amir Cohen/Reuters
Israel's Prime Minister Binyamin Netanyahu attends the annual memorial ceremony for Israel's first prime minister, David Ben-Gurion, in Sde Boker, southern Israel November 27, 2014. REUTERS/Amir Cohen (ISRAEL - Tags: POLITICS) ORG XMIT: NIR02
Netanyahu na cerimônia em memória do primeiro ocupante do cargo de primeiro-ministro de Israel

O serviço de segurança afirmou ter detido 30 membros do Hamas em setembro, alguns dos quais tinham recebido treinamento com armas e explosivos, ministrado por militantes do grupo na Jordânia e na Faixa de Gaza.

De acordo com a agência, representantes do Hamas na Turquia planejavam ataques contra alvos israelenses, incluindo o sistema de veículos leves sobre trilhos de Jerusalém.

Um porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, onde o grupo é dominante, não confirmou as informações divulgadas pela agência de segurança. "É claro que que Israel quer criar uma novar história para desviar a atenção do mundo da escalada de violência em Jerusalém", disse o porta-voz.

No Catar, Husam Bardan, representante do Hamas, não negou as alegações de Israel. "Nós temos orgulho da nossa resistência e somos orgulhosos por cada homem que luta em nosso movimento", disse em comunicado.

Editoria de arte/Folhapress

O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu parabenizou o serviço de inteligência por impedir os ataques. "Essa é uma operação que veio a público, mas muitas outras permanecem secretas" explicou. "As atividades da agência são para bloquear terroristas e o Hamas, que é contra a existência de um estado-nação judaico e contra a existência dos judeus em geral".

A violência tem aumentado nas últimas semanas em Jerusalém, em meio a uma disputa em torno de um complexo sagrado localizado em uma parte da cidade controlada por Israel, onde atualmente fica a mesquita Al-Aqsa e antigamente costumava ficar um templo judeu de eras bíblicas.

Onze israelenses foram mortos, incluindo quatro rabinos e um policial esfaqueado e alvejado a tiros por palestinos em uma sinagoga de Jerusalém. Doze palestinos também foram mortos, incluindo parte dos responsáveis pelos ataques.


Endereço da página: