Folha de S. Paulo


Pré-candidato argentino diz ser opção contra polarização política no país

Um dos principais pré-candidatos a suceder Cristina Kirchner na Casa Rosada em 2015, o deputado Sergio Massa diz ser a opção para acabar com a polarização entre kirchneristas e antigovernistas que domina a política atual do país.

"É impossível pensar que a Argentina tenha uma pensamento único, ela se constrói com políticas de Estado de diversos setores da política", afirmou, em conversa com jornalistas estrangeiros.

O deputado, que foi chefe de gabinete no começo do governo de Cristina e que fundou o partido Frente Renovador em 2013, disse que, se eleito, irá rever muitas das políticas dos últimos anos. Ele, porém, evitou criticar diretamente a presidente.

Quando perguntado sobre o caso do hotel de luxo de Cristina, investigado pela Justiça, preferiu não emitir opinião e exaltou a importância da separação de poderes.

Sobre o comércio com vizinhos, Massa disse que a prioridade da Argentina é o Mercosul, mas que procuraria negócios com a Aliança do Pacífico. Para ele, os argentinos precisam reconstruir a confiança do empresariado brasileiro com "diálogo e gestos".

Massa diz que seu plano é fazer com que o país cresça com investimentos privados e que, para isso, irá "recuperar a autonomia do Banco Central" e modificar leis sancionadas nos últimos anos, como a que cobra impostos de exportadores agrícolas e a que estabelece limites rígidos para comprar dólares.

Segundo pesquisa da consultoria Poliarquía, divulgada no fim de outubro, Massa está em segundo lugar nas intenções de voto, logo atrás do governista, Daniel Scioli, governador do Estado de Buenos Aires e um ponto à frente do prefeito da capital, Maurício Macri, do oposicionista Pro.


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