O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou neste domingo a morte do voluntário americano Peter Kassig, 26, decapitado pelo grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
"Hoje oferecemos nossas orações e condolências aos país e familiares de Abdul Rahman Kassig, também conhecido como Peter. Não podemos imaginar sua angústia nesse momento doloroso", disse Obama, em um comunicado.
O Estado Islâmico informou ter executado Kassig em um vídeo divulgado neste domingo na internet no qual também é mostrada a decapitação de um grupo de 15 soldados sírios.
"Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano(...)", afirma o homem mascarado de sotaque britânico, que relaciona o assassinato ao envio de conselheiros americanos para ajudar as tropas iraquianas em sua guerra contra o EI.
No final da gravação, um extremista aponta para uma cabeça ensanguentada colocada a seus pés e declara que era a de Kassig.
Os pais de Kassig disseram, por intermédio de um porta-voz, que o filho foi feito refém no caminho para a cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria, em 1º de outubro de 2013.
O americano fundou em 2011 a organização Sera (Assistência e Resposta Especial a Emergências, na sigla em inglês). após servir ao Exército de seu país no Iraque. A Sera atuava na Síria e no Líbano.
Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI após James Foley e Steven Sotloff. Dois outros britânicos, Alan Henning e David Haines, ambos dedicados a trabalhos humanitários, sofreram o mesmo destino.
Todos foram sequestrados na Síria, país em guerra civil há mais de três anos.
Acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, o grupo EI é responsável por atrocidades nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, estupros e limpeza étnica.