Folha de S. Paulo


Estado Islâmico diz ter decapitado mais um refém americano

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, em um vídeo postado na internet neste domingo (16), a execução do refém americano Peter Kassig, sequestrado na Síria em 2013.

Nas imagens do mais recente vídeo do EI, que já reivindicou desde agosto a execução de quatro reféns ocidentais, um homem mascarado aparece em pé ao lado de uma cabeça decepada, alegando ter decapitado Peter Kassig. A gravação ainda não teve a sua autenticidade confirmada.

EFE
Peter Kassig, 26, é um ex-soldado americano que se converteu ao islamismo e foi sequestrado na Síria
Peter Kassig, 26, é um ex-soldado americano que se converteu ao islamismo e foi sequestrado na Síria

"Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano de seu país (...)", afirma o homem mascarado de sotaque britânico, que associa este assassinato ao envio de conselheiros americanos para ajudar as tropas iraquianas em sua guerra contra o EI.

Não é possível saber, neste momento, se trata-se do "Jihadi John", o suposto assassino dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff.

No mesmo vídeo de 15 minutos, combatentes do EI são mostrados decapitando 15 homens apresentados como soldados do regime sírio de Bashar al-Assad.

De Indiana, Peter Kassig, 26, também é conhecido como Abdul-Rahman, nome que adotou após sua conversão ao Islã em cativeiro.

Os pais de Kassig disseram, por intermédio de um porta-voz, que o filho foi feito refém no caminho para a cidade de Deir al-Zor, no leste da Síria, em 1º de outubro de 2013.

Ex-soldado no Iraque, Kassig, segundo a família, realizava trabalho humanitário para a Special Emergency Response and Assistance, uma organização fundada em 2012 para ajudar refugiados sírios.

Ele apareceu no vídeo —lançado em 3 de outubro— da decapitação de um outro refém do EI, o britânico Alan Henning, em que os jihadistas ameaçam matá-lo em retaliação aos ataques aéreos americanos na Síria e no Iraque.

Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI após James Foley e Steven Sotloff. Dois outros britânicos, Alan Henning, um voluntário humanitário, e David Haines, trabalhador humanitário, sofreram o mesmo destino.

Todos foram sequestrados na Síria, país em guerra há mais de três anos.

Acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, o grupo EI é responsável por atrocidades nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, estupros e limpeza étnica.


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