Folha de S. Paulo


Investigação internacional sobre queda do voo MH17 será estendida

Austrália, Holanda, Ucrânia, Bélgica e Malásia concordaram em estender por mais nove meses as investigações sobre a queda do avião da Malaysia Airlines em julho, que foi supostamente abatido por milícias separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, informaram nesta quinta-feira (13) fontes oficiais.

"Apesar de os países-membros (da equipe conjunta de investigação) terem concordado em trabalhar até agosto de 2015, enfatizo que a Austrália está disposta a trabalhar o tempo que for necessário para levar os responsáveis à Justiça", disse em comunicado o ministro da Justiça australiano, Michael Keenan.

A Austrália reiterou seu compromisso com a equipe internacional que investiga a queda do voo MH17 em uma reunião realizada na Ucrânia nesta semana, que contou com Keenan, o vice-ministro ucraniano, Volodymyr Groisman, o ministro da Justiça do país, Pavlo Petrenko, e outras autoridades.

A polícia australiana enviou 35 especialistas para Ucrânia e Holanda para trabalhar em conjunto com a equipe de investigação internacional que tenta revelar as circunstâncias da queda da aeronave, que tinha 298 pessoas a bordo –incluindo 38 australianos.

"A Austrália está comprometida em retornar ao local da queda. No entanto, a situação de segurança ali continua sendo instável. Qualquer decisão de retornar ao local será tomada em conjunto com os integrantes da equipe de investigação internacional, se houver condições de segurança", frisou Keenan.

A região onde o avião caiu, no leste da Ucrânia, é palco de confrontos entre os separatistas e as forças armadas.

O voo MH17 fazia a rota Holanda-Malásia, quando foi abatido por um míssil. As 298 pessoas a bordo morreram.

A Austrália coordena ainda as buscas por outro avião da Malaysia, que desapareceu no Oceano Índico. O Boeing 777 sumiu em 8 de março, durante um voo de Kuala Lumpur (Malásia) a Pequim (China), com 239 pessoas a bordo.


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