O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, voltou a criticar nesta sexta-feira (31) a coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, afirmando que os ataques aéreos não deveriam se concentrar na cidade curda-síria de Kobani.
"Por que as forças da coalizão bombardeiam continuamente a cidade de Kobani? (...) Por que não outras cidades, por que não Idlib (norte da Síria)?", questionou Erdogan em Paris, onde foi recebido pelo presidente francês, François Hollande.
Philippe Wojazer/Reuters | ||
Presidente da França, François Hollande (D), cumprimenta seu homólogo turco, Tayyip Erdogan, em Paris |
"Estamos falando apenas de Kobani, que está localizada na fronteira com a Turquia e onde não resta quase quase ninguém além dos 2.000 combatentes", acrescentou, referindo-se ao fato de que a maioria de seus habitantes se refugiou na Turquia.
Para o chefe do Estado turco, a imprensa internacional dá a entender que seu país respalda o EI por não ter intervindo em Kobani e isso é uma "grande injustiça".
Lembrou que "há 1,6 milhão" de refugiados que entraram na Turquia vindos da Síria e do Iraque e que até agora isso custou a seu país US$ 4,3 bilhões.
Erdogan também se mostrou crítico à estratégia da coalizão no Iraque, particularmente ao apoio ao Exército desse país árabe, que "infelizmente está decomposto e não só abandonou uma parte do território aos jihadistas, como também armamento".