Um palestino de 21 anos invadiu nesta quarta-feira (22) uma estação do VLT (veículo leve sobre trilhos) de Jerusalém e atropelou oito pessoas, incluindo um bebê de três meses que não resistiu aos ferimentos e morreu.
O governo israelense considerou a ação um atentado terrorista. Segundo o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, o autor mora em Jerusalém Oriental e já foi preso por terrorismo em Israel.
Imagens de câmeras de segurança mostram o carro sendo lançado à estação, que fica no limite entre Jerusalém Ocidental e Oriental. Após atropelar os passageiros que esperavam o trem, o motorista tentou fugir.
| Ahmad Gharabli/AFP | ||
 |
||
| Policial israelense em frente ao carro que atingiu uma parada de metrô de superfície em Jerusalém |
Ele, porém, foi parado após ser baleado por um policial. O motorista foi levado a um hospital, onde está internado em estado grave.
Os oito pedestres foram levados para o hospital, sendo que um adulto e o bebê de três meses chegaram ao local em estado grave. Horas depois, a criança não resistiu aos ferimentos e morreu.
O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, afirmou que a criança era filha de dois cidadãos americanos, um deles filho de israelenses. Em entrevista ao canal 2 local, um dos avós da criança, Shimshon Halperin, se disse indignado com o ataque.
"Ela era um bebê puro que nunca fez nenhum mal a ninguém. Ela foi assassinada sem nenhum motivo", disse.
A polícia ainda não sabe os motivos que levaram o palestino a atropelar as pessoas na estação do VLT. Após o acidente, a área foi cercada e agentes do esquadrão antibombas fizeram uma vistoria no carro do palestino.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse que o suspeito veio do bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental, palco de tensões entre palestinos e judeus radicais.
Nos últimos meses, o bairro sofreu com a chegada de judeus nacionalistas, que receberam benefícios do governo israelense para fazer suas casas na região.
A chegada dos israelenses à região aumentou as tensões entre palestinos e judeus e levou a protestos violentos e ações de ambos os lados.
Os judeus desejam que toda a cidade de Jerusalém seja declarada a capital do Estado judaico, enquanto os palestinos também querem que a cidade seja a capital de um futuro Estado palestino.
As tensões na cidade também se repetiram durante a última guerra entre Israel e o grupo radical Hamas em Gaza, entre julho e agosto.