Folha de S. Paulo


Enfermeira espanhola pode ter se curado do ebola, diz governo

A enfermeira espanhola que contraiu o vírus do ebola enquanto cuidava de dois padres infectados em um hospital de Madri, tornando-se a primeira pessoa a ser infectada fora da África ocidental, parece ter se recuperado da doença, informou o governo da Espanha neste domingo.

Teresa Romero, de 44 anos, testou negativo para o vírus neste domingo. Ela havia sido hospitalizada no começo do mês com febre alta e esta sendo tratada em uma unidade isolada em um hospital adaptado para o caso, no centro de Madri.

Efe
A enfermeira infectada pelo ebola Teresa Romero com seu cachorro em foto sem data
A enfermeira infectada pelo ebola Teresa Romero com seu cachorro em foto sem data

Geralmente, pacientes devem se submeter a um novo teste sanguíneo dentro de 72 horas para que o diagnóstico seja confirmado com precisão. O hospital, deve realizar um novo teste dentro de algumas horas, diz o comunicado emitido pelo governo.

Romero foi tratada com soro humano contendo anticorpos de portadores do vírus do ebola que sobreviveram à doença e outros medicamentos que a porta-voz do governo se recusou a revelar. Um deles seria o antiviral experimental favipiravir, segundo apurou o jornal "El Mundo".

Ela é a única pessoa a ser diagnosticada com ebola na Espanha. Há ainda outras 15 pessoas hospitalizadas, incluindo o marido de Romero, sob observação após apresentarem sintomas da doença.

O ebola matou pelo menos 4.546 pessoas, sobretudo na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné no surto atual, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados na última sexta-feira.

A Espanha permitiu aos Estados Unidos utilizar bases militares para enviar 4.000 militares para a África Ocidental a fim de controlar a doença. As bases a serem usadas devem ser a de Rota, perto de Cádiz, e a de Morón de la Frontera, perto de Sevilha, no sul do país.


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