Folha de S. Paulo


Espanha e França isolam mais dois casos suspeitos de ebola

Duas pessoas suspeitas de terem contraído ebola foram internadas com febre nesta quinta-feira (16) na Espanha e na França.

Uma das pessoas acompanhadas por ter estado em contato com a auxiliar de enfermagem infectada com ebola em Madri teve febre nesta quinta-feira (16) e será hospitalizada para realizar exames, anunciaram autoridades.

"Dos 68 contatos de baixo risco, há uma novidade: um deles desenvolveu um quadro febril nesta manhã", declarou em uma coletiva de imprensa em Madri Fernando Simón, um dos membros do comitê especial para o acompanhamento do vírus na Espanha.

A pessoa não foi identificada, mas não se trata de um profissional de saúde. Ela era uma das 68 consideradas de baixo risco de pegar ebola, que precisam verificar a temperatura regularmente em casa.

Foi recomendado mantê-la em sua casa e ela "será transferida imediatamente ao hospital Carlos 3º", onde a auxiliar de enfermagem Teresa Romero está internada desde 6 de outubro, disse.

Os médicos esperam ter os resultados dos primeiros exames provavelmente durante a tarde ou noite, afirmou Fernando Simón, diretor do Centro de Alertas e Emergências Sanitárias do ministério da Saúde.

ESTÁVEL

Romero, 44, que desenvolveu os primeiros sintomas em 29 de setembro, seguia nesta quinta-feira em uma situação estável, disse.

Ela cuidou de dois missionários infectados, vindos da África Ocidental, e que mais tarde morreram.

"A carga viral parece ter diminuído", acrescentou Fernando Simón. "A carga viral é muito baixa, mas ainda não é nula", explicou.

As 15 pessoas que estão em quarentena no hospital Carlos 3° por terem estado em contato mais próximo com Romero não apresentavam sintomas nesta quinta-feira, segundo este funcionário.

FRANÇA

Uma enfermeira suspeita de ter contraído ebola depois de ter contato com um voluntário infectado na África foi hospitalizada nesta quinta, segundo a mídia francesa.

A mulher, apresentando febre, foi levada de sua casa para o hospital Saint-Mande, próximo à Paris.

A enfermeira teve contato com uma outra enfermeira voluntária do Médico Sem Fronteiras, que foi infectada na Libéria e tratada na França no mês passado.


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