Folha de S. Paulo


Cachorro de enfermeira americana não será sacrificado, diz prefeito

O cachorro da enfermeira americana contaminada com ebola não deve ser sacrificado, disse o prefeito de Dallas, no Texas, onde a enfermeira vive.

"Nós temos o plano de cuidar do animal e não acreditamos que ele tenha sinais [de ebola]", disse Mike Rawlings. "O cachorro é muito importante para a paciente e queremos salvá-lo", disse ao USA Today.

Equipes da prefeitura de Dallas encarregadas de descontaminar locais frequentados pela enfermeira encontraram o cachorro em sua casa.

Na Espanha, uma enfermeira também foi contaminada com ebola após tratar de um paciente vindo da África, mas seu cachorro Excalibur acabou sendo sacrificado.

A morte de Excalibur provocou indignação e protestos no país. Excalibur foi sedado antes de morrer e, depois, foi incinerado.

Jaime R. Carrero/Reuters
Funcionário desinfeta entrada da casa de enfermeira com ebola, em Dallas, no Texas
Funcionário desinfeta entrada da casa de enfermeira com ebola, em Dallas, no Texas

A Secretaria de Saúde de Madri explicou que, segundo a informação científica disponível, "existem dados que confirmam a descobertas de cachorros com anticorpos positivos do vírus ebola", por isso, esses animais "podem sofrer um processo de infecção, mesmo que não apresentem sintomas".

Não existem registros porém, de humanos infectados com ebola a partir de cachorros.

A enfermeira americana funcionária do Hospital Presbiteriano do Texas contraiu o vírus ao cuidar do liberiano Thomas Duncan, que chegou aos EUA infectado vindo da Libéria e morreu na última quarta-feira (8).

Sem ter seu nome divulgado, está na área de isolamento do hospital, em condição estável.

DESCONTAMINAÇÃO

Além de sua casa, áreas comuns do condomínio e o carro que a levou ao hospital também foram descontaminados.

A casa está cercada pela polícia.

Agentes da prefeitura também passaram de porta em porta alertando a vizinhança sobre o caso de ebola no bairro.

A epidemia de ebola já contaminou 8.300 pessoas e matou 4.033, principalmente na Libéria, Serra Leoa e Guiné, países do oeste africano.

O vírus causa febre hemorrágica e só é transmitido por meio de sangue, vômito ou outros fluidos de doentes que apresentam sintomas.


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