Folha de S. Paulo


Polícia e manifestantes se enfrentam pelo segundo dia em St. Louis

Polícia e manifestantes se enfrentaram pela segunda noite seguida nas ruas de St. Louis, nos EUA, devido a protestos causados pelo assassinato de um jovem negro por um policial branco.

Cerca de 400 manifestantes participaram de diferentes atos na zona sul da cidade, contra a ação policial na cidade. Muitas das demonstrações terminaram com confrontos com as autoridades de segurança, além de carros danificados.

Oito manifestantes foram presos em ocorrências relacionadas aos distúrbios.

Há também queixas de danos contra residências e estabelecimentos comerciais.

Vonderrit Myers Jr, 18, foi morto na última quarta (8) por sete tiros disparados por um policial fora de serviço, mas que estrava fardado e trabalhando para uma empresa privada de segurança no momento da ocorrência.

Neste fim de semana, diversas manifestações já estavam marcadas na cidade em protesto contra um caso semelhante, o da morte de Michael Brown, um adolescente negro, que estava desarmado, pelo policial Darren Wilson, branco.

O caso ocorreu em Ferguson, uma cidade-satélite de St. Louis –a poucos quilômetros de onde Myers foi morto–, em agosto, e provocou uma série de revoltas .

As manifestações pedem o indiciamento de Wilson, que ainda não enfrenta, oficialmente, nenhuma acusação referente ao caso.

Um júri foi estabelecido para analisar as evidências do caso e decidir se Wilson será réu, mas não se espera que o órgão emita um parecer definitivo até novembro.

O policial que atirou contra Myers na quarta não teve seu nome divulgado pelas autoridades. Ele foi deslocado para funções administrativas após o ocorrido.

Segundo a versão da polícia, Myers e outros dois homens fugiram de uma abordagem de rotina que estava sendo feita pelo agente. Ele estaria armado e, durante a perseguição, teria disparado contra o policial, que não se feriu na ação.

A família da vítima contesta a versão e nega que o jovem tivesse uma arma.


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