Mais de 130.000 curdos da Síria fugiram para a Turquia nos últimos dias devido ao avanço da milícia Estado Islâmico (EI) no nordeste do país, anunciou o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus.
"O número de sírios ultrapassou 130 mil", afirmou Kurtulmus. "Adotamos as medidas necessárias para o caso do fluxo de deslocados continuar", disse.
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Os combatentes curdos conseguiram deter o avanço de rebeldes do EI ao leste de uma cidade perto da fronteira da Turquia, disse um porta-voz de um grupo armado curdo.
"Duros confrontos ainda estão em andamento, mas o avanço do EI ao leste de Kobani foi interrompido desde a noite passada", disse Redur Xelil, porta-voz do principal grupo armado curdo, o YPG.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, que monitora a violência na guerra síria, disse que combatentes do Estado Islâmico não tiveram avanço significativo nas últimas 24 horas.
A ofensiva é a segunda tentativa do Estado Islâmico de tomar Kobani desde junho, quando o grupo avançou para o Iraque, tomando a cidade de Mossul e se apoderando de armamentos iraquianos, incluindo equipamentos fabricados nos EUA, os quais os curdos sírios dizem estar sendo utilizados contra eles agora.
O ataque anterior contra Kobani, em julho, foi repelido com a ajuda de curdos que cruzaram a fronteira, vindos da Turquia. Xelil disse que centenas haviam vindo do país vizinho novamente para ajudar a combater a atual ofensiva.
A Organização das Nações Unidas havia informado no domingo (21) que o número de curdos sírios deslocados para a Turquia podia ter superado 100 mil, e deveria ficar ainda maior.