Folha de S. Paulo


Cientistas da Universidade de Oxford testam vacina contra o ebola

Cientistas da universidade inglesa de Oxford iniciam nesta quarta-feira (17) os testes clínicos de uma vacina contra o vírus do ebola.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a doença já matou 2.461 pessoas na África ocidental, enquanto 4.985 casos foram registrados.

Os primeiros voluntários, de um total de 60, a participar do teste com a vacina receberão hoje a dose, segundo o Instituto Jenner, responsável pelo experimento.

Mundialíssimo: O que é a epidemia de ebola?

Antes que as vacinas possam ser comercializadas, os médicos precisam realizar vários anos de testes clínicos.

A gravidade do surto de ebola na África, porém, obrigou uma aceleração do processo para que o medicamento possa estar disponível o mais rápido possível.

O diretor do Instituto Jenner, Adrian Hill, disse que o experimento é um "exemplo extraordinário de como uma vacina pode chegar rápido aos testes clínicos recorrendo à cooperação internacional".

Os exames de sangue dos voluntários permitirão saber o alcance da resposta imunológica do organismo em um período de duas a quatro semanas.

A vacina é desenvolvida pela farmacêutica GlaxoSmithKline e o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, com fundos do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido e do Ministério de Cooperação Internacional britânico.

O estudo dos analistas de Oxford será focado em analisar a resposta imunológica da vacina e seus efeitos secundários.

VOLUNTÁRIA FRANCESA

A ONG (organização não governamental) Médicos Sem Fronteiras afirmou nesta quarta (17) que uma voluntária francesa a serviço da entidade contraiu o vírus do ebola na Libéria.

Primeira cidadã francesa a ser contaminada neste surto da doença, ela foi posta em quarentena nesta terça (16), quando apareceram os primeiros sintomas da doença.

A voluntária será retirada do país para ser submetida a tratamento médico na França.

EMPRÉSTIMO

Nesta quarta, o FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou que prepara um empréstimo de US$ 127 milhões para os três países mais afetados pela epidemia no oeste da África –Libéria, Guiné e Serra Leoa.

O montante ajudaria os três governos a lidar com o aumento dos gastos em saúde e segurança em meio a crise econômica desencadeada pela epidemia.

Dados do Banco Mundial apontam que a previsão de crescimento econômico da Libéria este ano caiu de 5,9% para 2,5%; a da Guiné foi reduzida de 4,5% para 2,4%; a expectativa de Serra Leoa foi de 11,3% para 8%.

Nesta terça (16), a entidade aprovou uma doação de US$ 105 milhões para as três nações.


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