Folha de S. Paulo


Talebans que atiraram na adolescente Malala Yousafzai são detidos

O Exército do Paquistão afirmou nesta sexta-feira (12) que as autoridades prenderam militantes do Taleban responsáveis por atirar em Malala Yousafzai, a adolescente que defende a educação de meninas.

Militantes do Taleban paquistanês assumiram a responsabilidade pelo ataque a Malala, em 2012, por sua defesa do direito das mulheres à educação. Duas outras estudantes foram feridas no ataque.

O chefe de imprensa do Exército, Asim Bajwa, disse a jornalistas que as autoridades identificaram e prenderam 10 envolvidos no ataque.

A detenção dos 10 homens foi possível graças a uma operação conjunta do Exército, da polícia e dos serviços de inteligência no âmbito da ofensiva que as forças armadas paquistanesas realizam contra grupos extremistas.

Niu Xiaolei/Xinhua
Malala Yousafzai antes de reunião com o líder da ONU, Ban Ki-Moon, em agosto
Malala Yousafzai antes de reunião com o líder da ONU, Ban Ki-Moon, em agosto

Malala sobreviveu ao tiro na cabeça e foi levada de avião ao Reino Unido para tratamento. Desde então, se tornou um símbolo da luta contra os militantes que operam em áreas tribais no noroeste do Paquistão.

Malala ganhou um prêmio de direitos humanos da União Europeia e foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz no ano passado.

Agora, morando no Reino Unido, ela não pode retornar à sua terra natal por causa das ameaças do Taleban de matá-la e a seus familiares.

Malala já havia se tornado conhecida em 2009, com apenas 11 anos, com um blog para o serviço em urdu da BBC no qual contava sua vida sob o governo Taleban no Vale do Swat, no noroeste do Paquistão, onde vivia.


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