Folha de S. Paulo


Rússia ainda mantém cerca de mil soldados na Ucrânia, diz Otan

A Rússia ainda tem cerca de mil soldados no leste da Ucrânia, disse um militar da Otan, a aliança militar ocidental, nesta quinta-feira (11).

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou na quarta-feira (10) que tinha informações de que 70% dos soldados russos que estavam na Ucrânia haviam sido transferidos para o outro lado da fronteira.

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"A redução relatada das tropas russas no leste da Ucrânia seria um bom primeiro passo, mas ainda não temos informação sobre isso. O fato em questão é que ainda existem cerca de 1.000 soldados russos no leste da Ucrânia, com quantidade substancial de equipamentos militares, e cerca de 20.000 soldados na fronteira da Rússia com a Ucrânia", disse um encarregado da área militar na Otan.

A Otan tinha dito na semana passada que, segundo suas estimativas, havia milhares de soldados de combate russos na Ucrânia.

A Ucrânia acusa a Rússia de fornecer tropas e armamento para os separatistas do leste do país.

PROCEDIMENTO MILITAR

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu a verificação da prontidão para combate de soldados no extremo leste da Rússia.

É o mais recente procedimento militar deste ano em meio a uma série de tensões desencadeadas pela crise na Ucrânia.

Agências russas de notícias citaram o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, dizendo à liderança das forças armadas, nesta quinta-feira, que as tropas no distrito militar oriental, que inclui a fronteira marítima da Rússia com o Japão e uma parte da divisão com a China, receberam ordens de estar em total prontidão de combate.

Diversas checagens militares e exercícios de guerra, os quais Putin tem implementado para testar e demonstrar as capacidades das forças armadas, elevaram as tensões à medida que as relações entre Moscou e o Ocidente se esfriam por conta do papel da Rússia na crise da Ucrânia.

As checagens no leste da Rússia também tinham a intenção de testar a capacidade de repartições locais dos ministérios de comércio, comunicações e transportes de trabalharem juntos em condições de guerra, segundo a imprensa local.


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