Folha de S. Paulo


China diz que luta contra terrorismo deve respeitar soberania dos países

A China respondeu com cautela nesta quinta-feira (11) a um apelo do presidente dos EUA, Barack Obama, por uma ampla coalizão para acabar com a milícia radical sunita Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, dizendo que o mundo deve combater o terror, mas que a soberania dos países deve ser respeitada.

Na quarta (10), Obama disse que não hesitará em atacar o EI na Síria, como já vem fazendo no Iraque.

A porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Hua Chunying, disse que o mundo está enfrentando uma ameaça terrorista que é um "novo desafio" para a cooperação internacional.

"A China se opõe a todas as formas de terrorismo e defende que a comunidade internacional deve cooperar entre si para atacar o terrorismo, o que inclui apoiar os esforços dos países relevantes para manter a segurança interna e estabilidade", disse Hua.

"Ao mesmo tempo, nós também defendemos que, na luta internacional contra o terrorismo, o direito internacional deve ser respeitado, assim como a soberania, a independência e a integridade territorial das nações", acrescentou.

"A China está disposta a continuar a aumentar o intercâmbio e a cooperação com a comunidade internacional na luta contra o terrorismo, com base no respeito mútuo", disse a porta-voz.

O país tem repetidamente manifestado preocupação com o aumento da violência no Iraque e o avanço do EI, mas também se opõe a qualquer intervenção militar estrangeira na Síria.

Assim como a Rússia, Pequim é aliada do regime de Bashar al-Assad e vetou no Conselho de Segurança da ONU intervenções internacionais no país por causa da guerra civil, iniciada em 2011.


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