Folha de S. Paulo


Argentino preso com maconha na Rússia é acusado de tráfico

O argentino Kevin Hoistacher, 24, está preso na Rússia acusado de ser traficante porque a polícia encontrou 50 miligramas de maconha em seu carro. Ele estuda e vive na Finlândia e estava na Rússia pois passou alguns dias com um amigo em São Petersburgo. No dia 21 de julho ele se despediu do companheiro e voltava para casa quando foi parado em uma blitz muito perto da fronteira. A maconha estava dentro de um maço de cigarros.

As informações são do padrasto, Juan Carlos Torres, 42, que também afirma que Hoistacher nem mesmo usa maconha. A droga que foi encontrada com ele pertencia ao seu amigo. Segundo Torres, eram duas folhas da planta.

O argentino estuda finlandês na cidade de Tampere. Ele é casado com uma finlandesa e por isso também tem um passaporte desse país. No entanto, ele foi detido com o documento da Argentina.

Da fronteira com a Finlândia, a polícia russa o levou para uma prisão em São Petersburgo. A Justiça do país determinou que ele precisa pagar uma fiança de US$ 18 mil para responder o caso em liberdade. A família afirma não ter esse dinheiro. O primeiro julgamento está marcado para o dia 21 de setembro. Segundo a mídia argentina, se Hoistacher for condenado, pode pegar uma pena de 3 a 7 anos.

Ele já viveu na Rússia e conhece o idioma. A mãe dele viajou a São Petersburgo no dia 10 de agosto para tentar apoiar o filho. Segundo Torres, os dois estão proibidos de falar em espanhol entre eles. Kevin precisa dizer o que quer a uma tradutora e ela irá transmitir a mensagem à mãe. A família paga 42 euros por hora por esse serviço, montante que, segundo Torres, é alto para os dois.

CAMPANHA

Os amigos de Hoistacher fizeram uma página no Facebook para pedir ajuda financeira. Na página, há imagens de um diário que ele escreve na prisão de São Petersburgo, no qual ele afirma que o motivo por qual está detido é "ridículo" e reclama das condições do lugar onde está.

Segundo Torres, a embaixada argentina na Rússia está dando apoio a Hoistacher, dando apoio com um advogado. No entanto o Ministério de Relações Exteriores não se envolveu com a questão. Contactada pela Folha, a assessoria de imprensa do ministério afirmou que não há ainda posição oficial sobre o tema.


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