Folha de S. Paulo


Fortes chuvas no Japão deixam ao menos 18 mortos e 13 desaparecidos

As fortes chuvas que atingiram nesta quarta-feira (20) Hiroshima, no oeste do Japão, deixaram ao menos 18 mortos e 13 feridos, informaram as autoridades japonesas.

A Agência Meteorológica japonesa (JMA) declarou o alerta para precipitações nesta região montanhosa, que teve o volume recorde de 243 milímetros nas últimas 24 horas, o que provocou inundações e deslocamentos de terra.

A polícia e os bombeiros receberam 20 alertas de pessoas soterradas ou arrastadas pelas cheias de canais e rios, segundo a agência Kyodo.

Entre os mortos estava uma criança de dois anos que ficou soterrada na zona rural, assim como um idoso de 77 anos que foi arrastado pela água perto da cidade de Hiroshima, onde o rio Nenotanigawa (afluente do Ota) registrou cheias.

Um bombeiro que participava das operações de resgate também morreu, segundo a emissora estatal NHK.

AFP
Deslizamento de terra ocorrido após fortes chuvas deixa ao menos 18 mortos e 13 feridos em Hiroshima, no oeste do Japão
Deslizamento de terra deixa ao menos 18 mortos e 13 feridos em Hiroshima, no oeste do Japão

As autoridades locais aconselharam a saída imediata de 65 mil moradores de 26 mil imóveis nas áreas montanhosas mais afetadas pelas chuvas.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou o envio de "centenas de soldados" das Forças de Autodefesa para participar das operações de resgate, mais de 600 de acordo com a NHK.

A eles se somarão mais de 200 policiais da cidade de Osaka e de outras províncias próximas.

Abe interrompeu seu período de férias na prefeitura de Yamanashi (no centro do país) para coordenar as operações e deu instruções para serem feitos "todos os esforços", em coletiva de imprensa.

O primeiro-ministro do Japão enviou suas condolências aos familiares das vítimas e desaparecidos, e afirmou que "assim que a situação permitir" o presidente da Comissão de Segurança Nacional e responsável pela gestão de desastres, Keiji Furuya, viajará para a região.

A televisão japonesa mostrou imagens de casas derrubadas pelos deslocamentos de terra e de barro, carros enterrados em escombros ou tombados pelas inundações, ruas alagadas e campos agrícolas arrasados.

A grande quantidade de vítimas e de danos materiais se deve à intensidade das chuvas combinada com o tipo de terreno desta região, e por causa da localização de muitas casas na barra das montanhas, apontaram a imprensa japonesa.


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