O médico americano Kent Brantly, que foi infectado com o vírus ebola enquanto trabalhava na Libéria, disse nesta sexta-feira (8) que está ficando mais forte a cada dia.
E o marido de Nancy Writebol, que trabalha com ajuda humanitária e também foi infectada, disse que sua esposa também parece estar melhorando.
Brantly e Nancy Writebol estão sendo tratados em uma unidade de isolamento em Atlanta, nos EUA.
Os dois se infectaram enquanto trabalhavam em uma clínica missionária nos arredores de Monróvia, a capital da Libéria.
Brantly, escrevendo de sua sala de isolamento, disse que não foi à Libéria especificamente para combater o ebola, mas que seu trabalho se voltou para esse tratamento devido ao número crescente de pacientes.
"Eu segurei as mãos de inúmeras pessoas enquanto esta terrível doença tomava suas vidas. Testemunhei o horror em primeira mão, e ainda me lembro de cada rosto e de cada nome", escreveu Brantly em um comunicado da organização de ajuda pela qual ele estava trabalhando na África.
"Estou cada vez mais forte a cada dia, e agradeço a Deus por sua misericórdia por eu poder lutar contra esta doença terrível", acrescentou.
David Writebol, marido de Nancy, que permanece na Libéria, disse a repórteres em um telefonema que ainda não falou com os médicos que cuidam de sua mulher, mas que seus filhos lhe disseram que ela está mostrando alguma melhora.
Brantly e Writebol receberam doses de um tratamento experimental antes de deixar a Libéria, e David disse que sua mulher recebeu outra dose desde que chegou em Atlanta.
Não ficou claro se Brantly também recebeu uma nova dose da medicação em Atlanta.
O tratamento, que tem como objetivo impulsionar os esforços do sistema imunológico para lutar contra o ebola, ainda está em desenvolvimento e não foi testado em seres humanos.