A facção palestina Hamas anunciou neste domingo (27) uma trégua humanitária de 24 horas, começando às 14h locais (8h, no horário de Brasília). O "sim" palestino ocorreu após Israel anunciar a retomada de ataques na faixa de Gaza.
"Em resposta à proposta da ONU (...), foi acordado entre os movimentos da resistência uma trégua humanitária de 24 horas", afirmou em comunicado Sami Abu Zuhri, porta-voz do movimento islamita palestino.
Até o momento, não há nenhuma resposta de Israel, que, mais cedo, suspendeu sua própria proposta de trégua após o lançamento de 25 foguetes palestinos contra o país.
"Depois do disparo incessante de foguetes pelo Hamas durante a trégua humanitária (declarada unilateralmente à meia-noite por Israel), o Exército retoma agora as atividades por ar, terra e mar na faixa de Gaza", informou um comunicado oficial israelense à imprensa.
A nota pede à população civil palestina para não se aproximar das zonas de combate.
TRÉGUA NO SÁBADO
Neste sábado (26), israelenses e palestinos cumpriram um cessar-fogo de 12 horas. A trégua havia sido acordada na sexta (25) por Israel e pelo Hamas depois de intensa pressão diplomática, em especial por articulação do secretário de Estado americano, John Kerry.
Em Paris, chanceleres de EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Catar e Turquia também pediram neste sábado que a trégua se estendesse. Houve protestos contra a ação de Israel em Paris e Londres; na capital francesa, 40 pessoas foram presas.
Com a trégua humanitária, ambulâncias entraram nas áreas de mais violento confronto e retiraram dezenas de corpos, fazendo a cifra de mortos palestinos chegar a ao menos 1.050 desde o início do embate, no dia 8/7. Do lado israelense, contavam-se 45 mortos.
| Gil Cohen-Magen/AFP | ||
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| Soldados israelenses na fronteira entre Israel e a faixa de Gaza durante a trégua deste sábado |