O gabinete de segurança de Israel rejeitou por unanimidade, nesta sexta-feira (25), a proposta do secretário de Estado americano John Kerry para um cessar-fogo com o movimento radical palestino Hamas. Ficou acertada apenas uma pausa humanitária, de 12 horas, neste sábado (26).
A informação foi divulgada pela imprensa internacional, frustrando a expectativa de que o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, aceitaria a medida. Não há confirmação oficial da recusa.
De acordo com fontes no governo ouvidas pela mídia local, o governo israelense irá insistir em uma nova versão do acordo em que Israel possa dar continuidade à destruição dos túneis entre Gaza e o território israelense.
A rejeição israelense mina os esforços de Kerry, que vem insistindo no fim dos confrontos que já duram mais de duas semanas entre Israel e Hamas.
Kerry disse que fez avanços significativos na busca por um acordo, mas que "ainda há muito trabalho a fazer". Ele disse estar confiante de que o premiê israelense Netanyahu está comprometido em encontrar uma solução para o cessar-fogo.
"Nós ainda não temos um modelo final, mas nenhum de nós vai parar", disse o secretário de Estado americano.
O Hamas ainda não respondeu à proposta do secretário de Estado americano, cujo teor também não é conhecido.
Em Gaza, o anúncio da negativa ao cessar-fogo foi seguida, ainda que coincidentemente, por uma pesada artilharia naval. O Hamas disparou, também, uma salva de foguetes contra Israel.
Esta é a terceira proposta de trégua fracassada na região, em 18 dias de operação israelense em Gaza. As hostilidades já causaram a morte de 844 palestinos, a maioria civis, segundo as autoridades locais. Do lado israelense, morreram 35 militares e três civis.
