Folha de S. Paulo


Detenção de ex-chefe da inteligência venezuelana é 'emboscada', diz Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou nesta quinta-feira (24) a detenção do ex-chefe da inteligência militar do país, Hugo Carvajal, como "emboscada".

Carvajal foi detido na ilha caribenha de Aruba, acusado pelos Estados Unidos de estar supostamente vinculado a grupos rebeldes e de liderar operações do narcotráfico.

"Como chefe de Estado, estou com o Major General Carvajal Barrios e o defenderei com todas as possibilidades e com toda a força do Estado venezuelano quanto à lei internacional", afirmou Maduro durante um ato militar no noroeste da Venezuela.

O presidente qualificou a detenção de Carvajal como "emboscada" e assegurou que o militar "está sequestrado", já que o militar atualmente "é um diplomata a serviço do Estado venezuelano".

Carvajal foi designado em janeiro como cônsul da Venezuela em Aruba, mas segundo a imprensa as autoridades da ilha, um território autônomo insular do reino da Holanda, ainda não lhe haviam outorgado a autorização necessária para ocupar o cargo.

Em 2008, o Departamento do Tesouro dos EUA apontou Carvajal e o ex-ministro da Defesa da Venezuela, Henry Rangel Silva, como "chefões da droga" e os acusou de contribuir materialmente com atividades do narcotráfico das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Os dois militares negaram a acusação.

Em nota, a chancelaria da Venezuela declarou que "repudia energicamente a detenção ilegal e arbitrária do funcionário diplomático venezuelano, portador de passaporte que o credita como tal, Hugo Armando Carvajal Barrios".


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