Folha de S. Paulo


Diante de ameaça russa, Ucrânia diminui fluxo de gás revertido pela UE

O ministro da Energia ucraniano, Yuri Prodan, disse nesta quarta-feira (23) que a reversão de fluxo de gás da União Europeia para a Ucrânia tinha diminuído por causa de ameaças da produtora russa Gazprom.

"O fornecimento de gás reverso está reduzido no presente. Isso está ligado a certas ações da Gazprom", disse Prodan, a repórteres, acrescentando que a redução aconteceu pela primeira vez há duas semanas.

"Vocês ouviram as ameaças feitas pela Gazprom a empresas europeias de energia de que esta inversão é ilegal", disse.

Ele disse que foram revertidos 7 milhões de metros cúbicos nesta quarta, enquanto a limite possível é de 18 milhões.

A reversão do gás, que originalmente vai da Ucrânia para a UE vindo da Rússia, foi uma alternativa encontrada para manter o fornecimento ucraniano após desentendimentos com a Gazprom.

A Gazmprom estabelece uma condição de que a Ucrânia pague US$ 2 bilhões de sua dívida para que Moscou retome as negociações sobre o abastecimento do produto.

No último dia 16, quando venceu o prazo para o pagamento dos US$ 2 bilhões, a Rússia cortou o fornecimento para a Ucrânia, mas manteve para a Europa.

Em 28 de abril, a Ucrânia assinou um acordo que permite à UE enviar uma quantidade limitada de gás para o país. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disse que os fluxos reversos combinados de Eslováquia, Hungria e Polônia podem chegar a até cerca de 16 bilhões de metros cúbicos por ano.


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