Folha de S. Paulo


Palestinos pedem intervenção da ONU em conflito na faixa de Gaza

"A comunidade internacional faltou com sua obrigação de proteger os civis em tempo de guerra", afirmou nesta terça-feira (22) o representante palestino na ONU, Ryad Mansour, referindo-se aos mais de 600 civis palestinos vítimas da ofensiva israelense na faixa de Gaza.

Mansour mostrou fotos de crianças mortas e leu seus nomes, ao pedir uma intervenção do Conselho de Segurança no conflito com Israel.

"Pelo bem do povo palestino perguntamos: que faz a comunidade para deter esse banho de sangue, para deter as atrocidades israelenses?", indagou Mansour durante um debate sobre a crise em Gaza.

O representante palestino afirmou que os esforços de mediação em curso não devem impedir que o Conselho "assuma sua responsabilidade de por fim ao massacre de homens, mulheres e crianças inocentes".

O representante de Israel, David Roet, respondeu alegando que seu país atua em legítima defesa, acusando seus adversários de usar da morte de civis como "combustível de uma máquina de propaganda".

"Não escolhemos essa guerra, foi nosso último recurso", disse Roet, acrescentando que Israel, ao contrário do Hamas, aceitou as propostas de cessar-fogo.

O grupo radical islâmico, que controla a faixa de Gaza, declarou nesta segunda (21) que o fim do bloqueio econômico imposto à Gaza era uma das condições para a trégua ser aceita.

Desde o início da operação Margem Protetora, de ofensiva israelense sobre Gaza, ao menos 604 palestinos morreram, a maioria civis. Do lado de Israel, morreram 27 soldados e dois civis.


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