Folha de S. Paulo


Holanda abre investigação sobre queda de avião na Ucrânia

Promotores holandeses abriram uma investigação sobre a queda voo MH17, da Malaysia Airlines, sob suspeita de assassinato, crime de guerra e derrubada intencional do avião, disse um porta-voz nesta segunda-feira (21).

Com base na Lei de Crimes Internacionais, a Holanda pode processar qualquer indivíduo que cometeu um crime de guerra contra um cidadão holandês. Das 298 pessoas que morreram na quada do avião, 193 são cidadãos holandeses.

O porta-voz disse que um promotor público holandês foi à Ucrânia como parte da investigação.

O primeiro-ministro holandês, entretanto, ameaçou tomar medidas duras contra a Rússia, se o país não colaborar.

"É claro que a Rússia deve usar sua influência sobre os separatistas para melhorar a situação no terreno," Mark Rutte disse a um comitê do parlamento holandês.

"Se nos próximos dias o acesso à área do desastre continua inadequada, então todas as opções políticas, econômicas e financeiras estão sobre a mesa contra aqueles que são direta ou indiretamente responsáveis por isso", disse ele.

A Rússia é o segundo maior fornecedor de petróleo da Holanda e um dos principais destinos de exportação para os fabricantes holandeses. Mas a crescente consternação sobre o voo MH17 pode estar forçando o governo a adotar uma linha mais dura contra o país.


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