Um grupo de legistas holandeses chegou nesta segunda-feira (21) da à cidade de Torez, próximo a em Donetsk, segundo testemunhas.
Os especialistas examinaram os corpos das vítimas da queda do Boeing-777 da Malaysia Airlines na região na quinta (17).
Mais cedo, o vice-premiê da Ucrânia, Volodymyr Groysman, disse que o trem seguirá para Kharkov, de onde os corpos serão levados para Holanda.
Os rebeldes separatistas que controlam a região, no entanto, pedem que o trem seja levado para a cidade litorânea de Mariupol, no mar Negro.
Os três especialistas holandeses abriram os vagões do trem frigorífico para examinar os corpos na presença da missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) na Ucrânia.
Os trabalhos de busca e resgate dos corpos terminaram também nesta segunda, segundo anunciou o vice-premiê.
"Os trabalhos de busca dos corpos terminaram. Encontramos 282 corpos e 87 fragmentos que pertencem a 16 cadáveres das vítimas", disse em entrevista coletiva em Kiev.
SEPARATISTAS
Segundo a OSCE, somente no domingo os rebeldes garantiram pleno acesso aos locais com destroços do avião.
Arseniy Yatsenyuk, premiê da Ucrânia, acusou os rebeldes de dificultarem a saída do trem. O presidente americano, Barack Obama, acusou ainda os rebeldes de interferirem no local da queda, o que prejudica a investigação.
O voo MH17, que ia de Amsterdam a Kuala Lumpur, foi provavelmente derrubado por um míssil, que, segundo os EUA, foi lançado a partir de território rebelde.
Os especialistas internacionais já se encontram em Kharkov e 14 deles chegaram à localidade a bordo do avião do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Além disso, um avião com sete especialistas holandeses aterrissou na cidade com equipamentos para o transporte de corpos.
Segundo testemunhas, o médico holandês Peter Van Vilet expressou satisfação pelo estado de conservação dos corpos, que se encontram a zero graus dentro de vagões hermeticamente fechados.
Os corpos foram refrigerados na madrugada de domingo, mais de 48 horas depois do acidente, após permanecerem envoltos em sacos nas imediações da zona da catástrofe, no povoado de Grabovo.