Folha de S. Paulo


Antes de embarcar, passageiro brinca no Facebook com chance de avião cair

Reprodução/Facebook
Foto de passageiro do voo MH17 tirada antes do avião decolar, em Amsterdã
Foto de passageiro do voo MH17 tirada antes do avião decolar, em Amsterdã

Um dos passageiros do voo MH17 da Malasyia Airlines, que caiu nesta quinta-feira (17) na Ucrânia com 298 pessoas a bordo, tirou uma foto do avião antes de embarcar para mostrar a aeronave caso ela caísse.

Em uma página no Facebook no nome do holandês Cor Pan, ele publicou uma suposta imagem da aeronave no aeroporto de Amsterdã e embaixo escreveu a frase "se ele desaparecer, é assim que ele era".

Ele fazia referência ao voo MH 370, também da Malasyia Airlines, que desapareceu na madrugada do dia 8 de março e nunca foi encontrado. A aeronave tinha 239 passageiros a bordo.

Diversas pessoas comentaram a postagem de Cor Pan lamentando a morte do holandês.

Editoria de Arte/Folhapress

A queda do avião deixou dezenas de corpos em pedaços espalhados em um raio de 15 km, na região da cidade de Grabovo, próximo a Donetsk, no leste da Ucrânia, segundo relatos de agências de notícias.

"Eu estava trabalhando no campo com meu trator quando ouvi o som de um avião e então uma explosão e tiros", disse a agência Reuters uma testemunha chamada Vladimir.

"Então eu vi o avião atingindo o chão e quebrando em dois. Então tinha uma espessa fumaça preta".

VÍTIMAS

Famílias dos passageiros começaram a se reunir no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, o destino do voo.

Segundo o jornal local "Malay Mail", houve confusão devido a falta de informações sobre o acidente.

"Razões vêm depois, por favor me diga antes quem estava no avião e se alguém sobreviveu", um amigo de um dos passageiros teria dito aos comissários.

O jornal "New Straits Times" disse que uma das aeromoças do voo, Nur Shazana, 31, mandou uma mensagem para a mãe pouco antes de entrar no avião pedindo uma foto da sobrinha.

Ela chegou a combinar com os pais uma visita a túmulos de parentes na Malásia durante sua estadia.

"Eu não esperava que aquela poderia ser a última que eu falaria com Shuzana", disse seu pai, o aposentado Mohamed Salleh Samsuddin.


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