Folha de S. Paulo


Justiça iraniana condena 8 pessoas à prisão por atividades no Facebook

A justiça do Irã condenou oito ativistas a penas de oito a 21 anos de prisão por publicações "contra a segurança nacional" no Facebook, informou nesta segunda-feira (14) o jornal local "Sharq".

Os condenados administravam várias paginas na rede social, nas quais, segundo a justiça iraniana, desenvolviam atividades de "propaganda contra o regime", "blasfêmias" e "insultos aos chefes dos poderes estatais".

Além da ação na internet, os réus também são acusados de participar de manifestações e de "insultar os valores islâmicos". Essas acusações vieram à tona em julho do ano passado, enquanto o julgamento começou no último mês de abril, segundo a agência estatal "Irna".

Os condenados são de diferentes cidades do Irã: Shiraz, Kerman e Abadan, no sul do país, além de Yazd, no centro, e Teerã, no norte.

Dois dos condenados –um a 19 anos e 91 dias e outro a 18 anos e 91 dias– também foram castigados com multas de cerca de US$ 400 e 50 chicotadas.

O governo iraniano veta o acesso às redes sociais como Facebook e Twitter, amplamente utilizadas durante os protestos de 2009 contra a polêmica reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.

O atual presidente, Hasan Rowhani, ganhou as eleições com um discurso de aumentar as liberdades públicas e, por isso, se comprometeu a liberar o acesso ao Facebook e outras páginas, algo que não conseguiu realizar devido à oposição dos setores mais radicais, que controlam a Justiça e as principais instituições do país.


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