Folha de S. Paulo


EUA tentam evitar invasão de Israel a Gaza

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (10) que os Estados Unidos estão dispostos a negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Obama conversou com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, pelo telefone, em meio à intensificação da Operação Margem Protetora, nome da ofensiva de Israel em Gaza.

Os EUA já haviam declarado que uma trégua era de interesse dos dois lados.

Nesta quinta, cresceram os rumores de uma invasão iminente de Gaza por Israel.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, condenou os ataques de foguetes por militantes de Gaza e exaltou o direito de defesa de Israel. "Nenhum país pode aceitar ataques com mísseis contra a população civil. Apoiamos completamente o direito de Israel de se defender", disse Kerry, em visita à China.

O diplomata também conversou com Netanyahu e prometeu ajuda para interromper os ataques do Hamas.

Em um comunicado, o Hamas afirmou que Kerry é "responsável pelo assassinato de crianças palestinas".

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Israel
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Desde terça (8), Israel já realizou mais de 860 ataques aéreos, deixando ao menos 81 palestinos mortos.

O Egito abriu parcialmente a fronteira com Gaza, na cidade de Rafah, para que os feridos pudessem passar.

Militantes de Gaza já atiraram mais de 350 foguetes em território israelense. O sistema Domo de Ferro interceptou a maioria. Pela primeira vez desde 2012, um míssil palestino caiu sobre Jerusalém.

A atual troca de hostilidades teve início após a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia, respondida com o assassinato de um palestino por extremistas judeus.


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